Vivid Money: a construir a melhor conta empresarial

No universo da inovação bancária, há histórias que não só chamam a atenção, como também inspiram. Uma delas é a da Vivid Money, um neobanco que surgiu na mesma vaga que gigantes como a Revolut ou a N26 e que hoje vive uma transformação estratégica notável.

Sumário

Na nossa recente conversa com Armando Platero, Country Manager para Espanha, descobrimos como a empresa mudou o foco para o segmento B2B, com uma missão clara: tornar-se o parceiro financeiro de referência para PME e trabalhadores por conta própria na Europa, oferecendo soluções digitais que combinam a agilidade de uma fintech, a solidez de um banco e uma experiência de utilizador verdadeiramente única.

 

"Aceder a um empréstimo ou a uma linha de crédito pode ser muito mais simples com a tecnologia certa. Os nossos clientes já beneficiam das vantagens da banca de retalho."

Armando Platero,
Country Manager para Espanha na Vivid.

Início e percurso internacional de Armando Platero no setor fintech

Licenciado em Gestão de Empresas pela universidade da sua cidade natal, Oviedo, o nosso convidado iniciou a carreira no Bankinter. Pouco depois, deu o salto internacional para a DeGiro, um corretor online que se tornaria um verdadeiro gigante europeu. 

Na Bulgária, passou de integrar a equipa inicial a liderar o mercado local. Após a aquisição da empresa pelo grupo Flatex AG, regressou ao espírito empreendedor, impulsionando projetos nas áreas da energia, cashback, poupança e PSD2.

O seu percurso levou-o depois aos Países Baixos, a Espanha e a uma passagem pela Rankia, até que um ex-colega o convidou para a Dinheiro vivo. Aqui, assumiu a liderança do lançamento do IBAN local, e quase um ano depois, continua a definir a estratégia da empresa em Espanha, graças à sua visão estratégica.

Um neobanco com grande impulso: a Vivid passa do B2C para o B2B

Armando explicou com clareza que a mudança de foco para as pequenas empresas e trabalhadores por conta própria não foi uma coincidência. “O verdadeiro potencial, para nós, está em oferecer soluções adaptadas a um segmento que necessita urgentemente de mais agilidade e especialização financeira," comentou.

Juanjo aproveitou para perguntar como é que esta evolução se reflete no dia a dia dos clientes e qual é exatamente a proposta da Vivid Money.

“Esta mudança responde à procura de ferramentas que poupam tempo e recursos – dois fatores essenciais para qualquer pequena empresa," afirmou o Country Manager. E é aí que a Vivid tem o rumo bem definido: combinar a velocidade de uma fintech com a robustez exigida pelo enquadramento regulamentar europeu.

O novo IBAN espanhol: muito mais do que um número

Durante a entrevista, Juanjo destacou a importância prática de ter um IBAN local e perguntou a Armando quais eram as necessidades do seu público-alvo. “Para um trabalhador independente ou uma PME que gere pagamentos recorrentes ou débitos fiscais, ter um IBAN espanhol é uma necessidade que elimina fricções e reforça a confiança entre fornecedores e clientes,” respondeu.

Este detalhe técnico traduz-se numa experiência mais fluida, maior comodidade e mais segurança. Tal como nos dizia o nosso convidado: “Apostamos em infraestrutura, inovação e conformidade regulatória.” A banca empresarial na Europa ainda enfrenta o desafio da discriminação por IBAN, proibida por lei, mas que continua a existir em muitos casos.

A Vivid Money aposta em ajudar as empresas espanholas com esta estratégia e a realidade é que está a alcançar melhorias tangíveis na operação diária dos seus utilizadores. Não por acaso, a sua plataforma conseguiu somar 50.000 novos clientes empresariais a nível europeu em 2025 e tem como meta chegar aos 75.000 antes do final do ano.

Proposta de valor clara e próxima para PME e trabalhadores independentes

Armando e Juanjo mergulharam então numa conversa sobre o processo do neobanco para obter o IBAN local, surgindo ideias interessantes sobre os trâmites com o regulador local, os organismos financeiros nacionais e os requisitos normativos.

A conversa evoluiu para uma questão fundamental: qual é a proposta de valor da Vivid para o segmento das PME e dos trabalhadores por conta própria? No final, o Country Manager resumiu em cinco pontos os aspetos que tornam a sua oferta única:

  • Ferramentas financeiras integradas numa única aplicação, facilitando a gestão e melhorando a experiência.
  • Preços transparentes e sem comissões ocultas, um fator decisivo para ganhar a confiança dos clientes.
  • Integração simples com software de contabilidade, mantendo o fluxo de trabalho sem interrupções.
  • Segurança avançada e cumprimento normativo, aspetos cruciais para gerar confiança.
  • Apoio ao cliente dedicado, especializado e rápido, que fala a mesma “língua” dos seus utilizadores.

Experiência e vocação fintech ao serviço das PME

Um dos momentos-chave deste episódio de The Fintech Podcast foi a conversa sobre como a Vivid Money concretiza a inovação com ações reais. Juanjo quis saber quais as tecnologias e tendências que a empresa está a adotar para se destacar num mercado tão competitivo como o da banca para empresas.

Armando sublinhou a importância de uma verdadeira digitalização de todos os processos. Tradicionalmente, muitos exigem deslocações presenciais a um balcão bancário, notário, etc. "Aceder a um empréstimo ou a uma linha de crédito pode ser muito mais simples com a tecnologia certa. Os nossos clientes já beneficiam das vantagens da banca de retalho nas suas PME.”

Em concreto, os seus clientes beneficiam de aspetos-chave da gestão financeira empresarial (BFM): reservas de voos e hotéis com cashback até 30%, possibilidade de abrir uma conta de criptomoeda e simplificação dos processos de pagamento e cobrança, mesmo em operações internacionais.

💡 Armando disse…

A importância de se rodear dos melhores parceiros tecnológicos

Na Vivid Money, combinam o desenvolvimento interno com parcerias estratégicas para lançar produtos de forma mais rápida e eficaz. “Se se trata de algo pequeno ou com elevado potencial de receita a longo prazo, desenvolvemo-lo internamente; mas quando não somos os melhores num determinado produto, preferimos externalizar para garantir custos mais competitivos,” comentou.

Como exemplo, citou o recente lançamento da área de acquiring – pagamentos online com cartão – e o desenvolvimento de terminais de pagamento (TPV) em parceria com um fornecedor holandês, cuja infraestrutura classificou como “impecável.” Algo semelhante acontece com funcionalidades como reservas de viagem, que integram, mas não operam diretamente.

A sua filosofia é clara: concentrar esforços no que fazem melhor e externalizar o resto para manter o foco onde realmente acrescentam mais valor.

Novo apelo à ação

Dinheiro vivo: um caso de sucesso que inspira

O neobanco procura integrar o maior número possível de ferramentas de uso generalizado para empresas. A partir da sua aplicação, trabalhadores independentes e PME podem emitir faturas, gerar links de pagamento e gerir cobranças, adaptando-se a diferentes necessidades de liquidez.

No momento de decidir sobre novos produtos ou integrações, o processo parte de propostas dos responsáveis de cada país, que são avaliadas segundo o potencial de receita, o impacto na captação de clientes ou a melhoria da experiência de utilização.

O futuro do neobanco e os seus objetivos a médio e longo prazo

A Vivid planeia tornar-se a conta de referência para PME e trabalhadores por conta própria, algo que vai alcançar “trabalhando com mentalidade ágil e uma melhoria constante do serviço,” garantiu Armando. A médio prazo, espera permitir pagamentos diretos à Segurança Social e à Autoridade Tributária.

Juanjo comentou então, para encerrar a entrevista, que esta proximidade e simplicidade são a verdadeira revolução por detrás da tecnologia, fazendo com que bancos e empresas se liguem a um nível muito mais humano. Agradeceu depois ao nosso convidado pelo seu tempo e ao público que nos acompanhou.

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