Dados transacionais e IA: A chave para a banca hiperpersonalizada do futuro

Cada banco possui um tesouro escondido: milhões de dados de transações que revelam a história financeira de cada cliente. No entanto, a maioria das instituições não sabe como abrir esse baú e extrair todo o seu valor. A inteligência artificial (IA) está a revolucionar o setor bancário, mas sem uma boa gestão de dados, essa revolução pode tornar-se apenas fumo.

Sumário

Hoje, tirar partido dos dados transacionais não é apenas uma vantagem competitiva, é uma questão de sobrevivência. Neste artigo, você descobrirá porque é que agir é urgente, como transformar os seus dados em insights úteis e que medidas deve tomar para liderar a nova era digital.

Porque continuam os bancos a navegar às cegas num mar de dados?

A digitalização multiplicou a quantidade de dados que os bancos recolhem diariamente. Contudo, muitas instituições têm dificuldade em converter essa informação em decisões inteligentes. O desafio não está na falta de dados, mas na capacidade de os gerir, analisar e transformar em valor real para o cliente e para a organização.

En el estudio The Journey Toward 2030: Becoming a Smarter Bank da Cornerstone Advisors, “Mais de 50% dos bancos afirmam que os dados em silos impedem a tomada de decisões em tempo real.” Além disso, a consultora garante que "eficiência não é apenas fazer mais com menos: é fazê-lo de forma inteligente."

Silos de informação: o grande obstáculo à inteligência artificial

Como vimos, os dados estão frequentemente fragmentados entre diferentes departamentos, dificultando a sua exploração. Esta dispersão limita a capacidade dos bancos para antecipar tendências, personalizar a experiência do cliente e responder com agilidade às mudanças do mercado.

Cada área gere a sua informação com critérios e formatos distintos, dificultando a interoperabilidade e a padronização. Isso abranda a inovação e impede que a inteligência artificial funcione de forma eficiente. Tal como verificado pela Cornerstone, apenas 17% dos executivos bancários têm acesso a dados limpos, estruturados e escaláveis, em tempo real.

É como ler um mapa sem bússola: há muito por descobrir, mas sem rumo certo.

A qualidade dos dados: o desafio constante que os bancos enfrentam

Como devemos estruturar a informação para que a IA possa revelar todo o seu potencial? Uma das práticas mais eficazes é minimizar os repositórios e mantê-los sincronizados. Para uma instituição financeira, é extremamente difícil manter uma única base de dados centralizada.

Contudo, está muito em jogo, e os bancos não se podem dar ao luxo de ignorar as novas oportunidades de negócio que se escondem nessa montanha de dados sobre o utilizador. Controlar a informação, criar um dataset otimizado e estabelecer normas de classificação tornou-se uma obrigação para o setor.

A governação de dados é essencial para superar estes desafios

Quais são os passos fundamentais que as instituições financeiras devem dar? Em primeiro lugar, definir funções e responsabilidades; depois, estabelecer procedimentos claros; e, por fim, garantir padrões de qualidade e rever o processo regularmente.

Estes passos asseguram uma gestão coerente e segura da informação. Serão suficientes? Não completamente: é também crucial promover uma cultura orientada por dados en todos los niveles de la organización. Os dados devem tornar-se o motor da tomada de decisões de negócio.

O potencial dos dados transacionais: personalização real e valor para a banca

Cada vez mais instituições rendem-se ao potencial dos dados: são uma ferramenta fantástica para reter clientes, fomentar a utilização recorrente e personalizar produtos, serviços e comunicações.

A informação está por todo o lado! “So” precisamos de eliminar os silos e analisá-la com IA para a transformar em decisões inteligentes. Ao identificar os pontos de dor do cliente e obter uma visão em tempo real do seu comportamento financeiro, poderás oferecer-lhe um serviço que se encaixe perfeitamente na sua fase de vida.

New call-to-action

Não acredita que os dados sejam assim tão poderosos? Pois fique a saber que empresas como o BBVA, JPMorgan Chase ou DBS já estão a priorizar o diálogo contínuo na sua banca digital, porque entendem que conhecer os hábitos dos utilizadores significa antecipar as suas necessidades.

Agilidade e velocidade: o novo padrão competitivo nas finanças

As estruturas tradicionais e os longos ciclos de planeamento são incompatíveis com o ritmo do mercado atual. Ser ágil implica lançar, medir e ajustar rapidamente, como fazem as fintechs..

Muitos executivos bancários estão desiludidos com o nível de inovação das suas organizações e procuram soluções externas para acelerar a transformação digital e manterem-se relevantes num setor que nunca para.

Com a expansão dos neobancos e a quota de mercado que as Big Tech estão a conquistar, as instituições financeiras enfrentam uma concorrência feroz. Como enfrentá-la? Com a ajuda de especialistas em análise e enriquecimento de dados bancários.

Como proteção dos dados sensíveis na banca?

Uma boa governação assegura segurança, privacidade e conformidade regulatória –fatores críticos no setor financeiro. A proteção dos dados pessoais é uma prioridade absoluta (para nós e para os bancos).

Ao lidar com os dados dos clientes, é essencial que o teu fornecedor tecnológico cumpra rigorosamente os regulamentos em vigor como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) e a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LPDP).

Para garantir a confidencialidade e o uso responsável da informação, é fundamental escolher empresas com certificações internacionalmente reconhecidas, como a ISO 27001, que comprova o cumprimento dos mais elevados padrões em gestão de segurança da informação (SGSI).

A relevância do setor financeiro escreve-se com IA

Dan Haisley, diretor de produto na Apiture, afirmou recentemente que a inteligência artificial chegou para ajudar os bancos a pôr fim à “Torre de Babel” tecnológica que surgiu entre os seus departamentos.

“Cada equipa acha que gere bem os seus dados, mas acredita que as outras não o fazem”, comentou. Se isto acontece na tua instituição, é altura de estruturar a informação e facilitar a interoperabilidade dos dados.

“Há mais de 20 anos, Jeff Bezos ordenou que todos os departamentos da Amazon expusessem os seus dados através de APIs”, recorda Ron Shevlin, diretor de investigação na Cornerstone: “Imagine se os bancos tivessem feito o mesmo há 20 ou 25 anos? Hoje não estaríamos nesta situação.”

Conclusão: aproveitar o potencial do dado transacional

A banca digital está num ponto de viragem. A inteligência artificial abre um mundo de possibilidades, mas apenas para quem souber aproveitar os dados das operações bancárias dos seus clientes.

A chave está em profissionalizar a gestão, derrubar barreiras internas e apostar numa personalização autêntica. O futuro do seu banco dependerá da sua capacidade para priorizar a análise e o enriquecimento da informação.

Querer criar experiências únicas e conectar-se verdadeiramente com os seus utilizadores? O primeiro passo é identificar onde estão as oportunidades para o seu negócio. Os grandes bancos já deram o exemplo –pode segui-los ou decidir liderar o seu setor.

O que vai fazer?

Search
Inscreva-se na nossa newsletter.

Você gosta do conteúdo? Inscreva-se e receba na sua caixa de entrada a nossa newsletter quinzenal.